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Giardíase
Giardíase

 

Giardíase


A giardíase, descoberta na metade do século 19, é uma das causas mais comuns de problemas intestinais em cães e gatos.

A giardíase canina é daquelas doenças que, apesar de velhíssima, nunca chegaram a sair de moda. Descoberta na metade do século 19, é uma das causas mais comuns de problemas intestinais em cães e gatos - e, pior, pode ser transmitida ao ser humano.
Só para ter uma idéia de sua prevalência, a ocorrência de giárdia em São Paulo é de 38% dos cães submetidos a exame de fezes. No Rio, o índice chega a 80%, segundo uma pesquisa da professora Solange Gennari, 48, especialista em doenças parasitárias, da Faculdade de Medicina Veterinária da USP. O período de incubação varia de uma a quatro semanas.
Depois disso, o animal começa a manifestar os sintomas. Nos filhotes, eles são mais fáceis de serem identificados: diarréia, vômito (tipo bile) e, em casos mais crônicos, perda de peso e desidratação. Se não for tratada a tempo, suas complicações podem ser fatais.
A transmissão da giardíase canina ocorre através das fezes dos animais infectados, presentes no meio ambiente, na água e em alimentos contaminados, além da pelagem dos animais. A doença é de difícil diagnóstico nos exames de rotina das clínicas, porque a eliminação dos cistos - como são chamados uma das formas de evolução desses protozoários- ocorre de forma intermitente, explica a professora da USP.
A vacina deve ser dada em duas doses subcutâneas, com intervalos de duas a quatro semanas. A partir daí, revacinação anual, com dose única.
Qualquer animal só deve ser vacinado segundo orientação e consulta do veterinário.
Não há estudos suficientes para confirmar sua eficácia em animais já infectados, em especial com infecções crônicas, mas há indícios de que ela possa combater o agente e ajudar na recuperação do cão

O problema é que os cistos sobrevivem por longos períodos em ambientes onde o animal contaminado fez suas necessidades fisiológicas. Isso exige uma atenção ainda maior na limpeza e desinfecção do ambiente, com uso de água fervente ou desinfetantes à base de amônia quaternária.  Reações adversas, como anafiláticas e alérgicas, não estão descartadas, mas variam, dependendo do organismo de cada animal. Por enquanto, o medicamento é exclusivo para cães.